Ela e Eu ,filme de Gustavo Rosa de Moura protagonizado por Andrea Beltrão já está nos cinemas

(Foto: Adriano Vizoni/TeTo ; Diretor: Gustavo de Moura Rosa) DIVULGAÇÃO.

“Ela & Eu”, segundo longa-metragem de ficção de Gustavo Rosa de Moura (Canção da Volta), protagonizado por Andrea Beltrão, entrou em cartaz neste mẽs de Julho ,teve sua estreia no 54 Festival de Brasília em 2021 o mesmo recebeu três prêmios , melhor atriz (Andrea Beltrão), melhor ator (Eduardo Moscovis) e melhor roteiro (Gustavo Rosa de Moura, Andrea Beltrão e Leonardo Levis). O filme participou ainda do Festival do Rio (hors-concours) e do 1º Festival de Vassouras, onde ganhou 5 prêmios: melhor som (Confraria de Sons & Charutos e Lars Halvorsen), melhor ator (Eduardo Moscovis), melhor atriz coadjuvante (Mariana Lima), melhor roteiro (Gustavo Rosa de Moura, Andrea Beltrão e Leonardo Levis) e melhor filme.

O filme conta a história de Bia (Andrea), ex-roqueira que desperta após 20 anos em coma. Esse acontecimento extraordinário provoca uma mudança radical não só na vida dela, mas na de toda sua família. Sua filha, Carol (Lara Tremouroux), já é adulta, e seu ex-marido, Carlos (Eduardo Moscovis) está casado com Renata (Mariana Lima). Acostumados com a rotina de cuidados com Bia em home care, todos terão de reaprender a conviver.

Conversamos com o Diretor e a protagonista do filme , acompanhe:

Antes de mais nada vamos conhecer e saber quem é o diretor, roteirista e produtor – Gustavo Rosa De Moura nasceu em São Paulo em 1975. Em 1999, formou-se arquiteto pela FAU-USP. Em 2003, morando no Rio de Janeiro, começou a trabalhar com audiovisual. Desde então, dirigiu diversos vídeos para museus (Bienal de SP, CCBB, Expo Xangai etc.), filmes experimentais (Casco, Iluminai os Terreiros, Cora), curtas metragens (AVACA, Capela, Acho que chovia), documentários (Cildo, Consideração do Poema, Josephine King, Piadeiros), séries de TV (O Papel da Vida, Cada Canto) uma sitcom (Quero ter um milhão de amigos) e um longa-metragem de ficção (Canção da Volta). Na Mira Filmes, atua também como roteirista e produtor.Abismo”, “Edward Mãos de Tesoura”, “Esqueceram de Mim”, “Meu Primo Vinny”, “Velocidade Máxima”, “Náufrago”, “Moulin Rouge!”, “Minority Report”, “Garota Exemplar” e “O Regresso”.internacionais, com filmagens em SP, Rio, Buenos Aires, Montevidéu, Tóquio, Cidade do México, entre outros.

Como surgiu o argumento inicial para o filme? Essa ideia surgiu numa conversa criativa em 2015, que a gente tinha regularmente lá na produtora (Mira Filmes). A Carmen Maia, uma das produtoras da Mira e minha sócia, falou da vontade de fazer um filme com uma protagonista de 50 anos e da relação dela com a filha. E aí tivemos essa ideia meio maluca, quase surreal, da pessoa entrar em coma durante o parto, passar boa parte da vida fora do mundo, nesse stand by, e depois voltar e encontrar uma filha que não viu crescer. A princípio era para ser uma comédia popular. Mas, com o passar do tempo, o Brasil mudou e achamos que não cabia mais uma comédia. Foram quase cinco anos de trabalho, em graus diferentes de intensidade, e o filme se tornou um drama com toques de humor.

O roteiro teve um processo colaborativo diferente, com participação ativa dos atores. Como foi essa construção? Além da participação constante, monumental e fundamental da Andrea, o filme acabou tendo um processo muito aberto também para os outros atores. A Andrea entrou antes de todo mundo no processo, mas a partir do momento em que encontramos o tom que a gente queria pro filme e entendemos quem seriam os personagens principais, fomos atrás dos outros nomes do elenco. Assim que Du, Mariana Lima e Luiza Arraes (no início ela faria a Carol) entraram, chamamos eles pra colaborar no roteiro também e entramos num processo colaborativo radical. Chegamos a fazer escaleta de novo, colocar fichas na parede! A gente lia e relia trechos, discutia cenas, ideias e caminhos para os personagens, cada um trazia suas referências. Depois de cada um desses encontros, eu escrevia uma versão, às vezes sozinho, às vezes junto com o Leonardo Levis e a Larissa Kurata, e reencontrava os atores pra sabatinar tudo de novo. Foi um processo intenso, nem sempre fácil, mas muito rico, aberto e que resultou em coisas que acho muito preciosas. Quando chegou a hora de filmar, estava todo mundo à vontade, todo mundo seguro… No final, por mil dificuldades que tivemos para marcar a filmagem, a Luiza acabou não podendo fazer. Chamamos então a Lara, que chegou quando o roteiro já estava mais pronto. Mesmo assim, quando ela trazia algum questionamento, a gente sempre ouvia e considerava.

Como foi a pré-produção? A preparação durou cerca de 5 meses, foi um processo longo. Eu gosto de envolver algumas pessoas logo no início, a tempo delas pensarem com calma, darem seus palpites, fermentarem as coisas sem tanta pressa.

Entrevista com a Atriz Andrea Beltrão :

Sua entrada no projeto resultou numa mudança no rumo desta história. Como foi esse processo? Nas palavras do diretor, “‘Ela e Eu’ é um filme sobre como a gente faz para se adaptar diante de eventos inesperados e raros. O fato da Bia entrar em coma e depois despertar é algo completamente impossível de ser antecipado e afeta não só a vida dela mas também a de todos que estão ao seu redor. Quando acontecem coisas assim – ou uma pandemia, um desastre natural –, a gente percebe que não tem controle sobre o que a vida nos apresenta, sobre o nosso futuro, sobre os nossos planos mais profundos.” A condição física de Bia é apenas o ponto de partida para falar sobre as relações afetivas, os sentidos humanos e o sentido das coisas. Com uma visão poética, o longa explora temas como a dificuldade de estar no mundo, de se relacionar, e a necessidade que temos de nos reinventar ao longo da vida. Aos poucos, a personagem revive várias “primeiras vezes” – falar, andar, tomar banho de mar – e redescobre os pequenos prazeres.“ Achei o argumento muito interessante, a história de uma bela adormecida nos tempos de hoje. Como seria essa pessoa surgir depois de 20 anos, do nada. Como é o mundo dessa pessoa, como é essa pessoa no mundo. Me interessei em falar dos nossos limites, das nossas dificuldades extremas, de nossas deficiências físicas, mentais ou afetivas.”, comenta Andrea Beltrão.

O filme foi rodado no Rio de Janeiro, o longa é uma produção da Mira Filmes, em coprodução com 20TH CENTURY FOX e a Querosene Filmes. Fazem parte do elenco do filme os atores: Andrea Beltrão – Bia,Lara Tremouroux – Carol,Eduardo Moscovis – Carlos,Mariana Lima – Renata,Karine Teles – Sandra,Jéssica Ellen – Giovanna

Estão no elenco do filme os atores: Andrea Beltrão – Bia, Lara Tremouroux – Carol, Eduardo Moscovis – Carlos, Mariana Lima – Renata, Karine Teles – Sandra,Jéssica Ellen – Giovanna

Uma breve sinopse do filme :

Vamos deixar você com vontade de assistir o filme que vale a pena !

Há 20 anos, a roqueira Bia entrou em coma no momento do nascimento de sua filha. Mas isso não impediu que por todo esse tempo ela tenha feito parte do dia-a-dia da família, mesmo que desacordada. Um dia, no entanto, Bia subitamente acorda. E, enquanto reaprende a enxergar, a falar, a andar e a se relacionar, sua filha adulta, seu ex-marido e a atual mulher dele tentam absorver o impacto da presença viva daquela pessoa tão adorável quanto desajustada.

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