Mirian Goldenberg fala sobre a invenção de uma bela velhice

  Isaura

No início de 2018, uma palestra minha viralizou no YouTube, alcançando mais de 1 milhão e 127 mil visualizações, ficando entre as mais vistas de todo o país: “A invenção de uma bela velhice”.

A palestra dos  livros “A bela velhice” e “Liberdade, felicidade e foda-se!” mostram tudo o que ela  aprendeu com os mais velhos, especialmente com mulheres como Izaura Demari, uma mulher linda, alegre e elegante, que, com seus 78 anos, foge de todos os rótulos sobre o envelhecimento. No seu Instagram, Izaura mostra, com muita alegria, as roupas que gosta de usar no seu dia a dia. Ela sempre gostou de se vestir assim: diferente, elegante, divertida. Não foi algo inventado só para bombar nas redes sociais. Mas ela bomba, e muito, não só nas redes sociais.

Recentemente, tive o prazer de conhecê-la pessoalmente em um importante evento de Longevidade em São Paulo e só tive olhos e atenção para ela. Não só pela linda e colorida roupa que vestia, mas principalmente por sua alegria de viver. Izaura transmite alegria, amor e amizade com seu sorriso encantador. Ela é extremamente grata por todo o afeto e carinho que tem recebido de admiradores do mundo todo.

Eu também sou uma admiradora do seu trabalho, da sua militância cotidiana pela invenção de uma “bela velhice”. Seu exemplo contagia mulheres de todas as idades que querem ser mais livres, mais felizes e muito mais coloridas.

É ainda mais emocionante ver o carinho, admiração e atenção que seu filho caçula, Márcio, de 51 anos, tem com ela. Ele, que constatou o enorme sucesso que a mãe sempre fazia – e continua fazendo – nos lugares por onde passava, tem usado seu conhecimento sobre as redes sociais para transmitir ao mundo o exemplo de “bela velhice” que é a sua doce, alegre e encantadora mãe.

É por exemplos como o de Izaura que, após mais de três décadas pesquisando “Envelhecimento e Felicidade”, tornei-me uma verdadeira militante contra a “velhofobia”, contra os preconceitos, medos e sofrimentos associados à velhice.

Meus novos amigos, como Izaura – de mais 60, 70, 80 e, especialmente, mais de 90 anos – têm revelado que a velhice pode ser uma fase da vida repleta de beleza e de projetos de vida. Eles não se aposentaram da vida: valorizam a liberdade, buscam a felicidade e cultivam a amizade. Vivem intensamente o momento presente: desfilam com elegância suas roupas diferentes e divertidas, viajam, cantam, tocam piano e pandeiro, dançam, estudam, escrevem, trabalham, fazem exercícios físicos, trabalham, amam e dão muitas risadas gostosas. Todos me fazem enxergar a beleza da velhice e comprovam que  “Velho é lindo!”, ou melhor ainda que “Velha é linda!”, como a minha amiga Izaura.

Muito obrigada querida Izaura, por dar um exemplo concreto de “bela velhice”. “Tamojuntas” na luta contra a “velhofobia”. Viva a “bela velhice”! Viva a liberdade! Viva a amizade em todas as fases da vida!

 Mirian Goldenberg

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